quinta-feira, 19 de junho de 2014

Mercadante: governo estuda mistura de etanol 



27,5%

TNOnlineAgência Estado: Tânia Monteiro   
O ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Aloizio Mercadante, disse nesta quarta-feira, 18,ao jornal "O Estado de S. Paulo" que o governo estuda a ampliação de 25% para 27,5% na mistura do etanol anidro na gasolina. O ministro descarta aumentar a mistura de 25% para 26%. A ideia do governo é chegar ao porcentual mais alto, como deseja o setor sucroalcooleiro, ressalvando, no entanto, que qualquer mudança depende de estudo que será realizado, com acompanhamento e anuência dos representantes dos fabricantes de carros e motos, que atestarão se os veículos comportam a ampliação da mistura. O estudo está sob responsabilidade do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e do Centro de Pesquisa da Petrobras e deverá ser concluído em dez semanas. Dessa forma será possível certificar que uma adição maior de etanol anidro à gasolina não será prejudicial ao motor dos carros e também não causará impacto ambiental. Todos os setores interessados acompanharão o estudo. Mercadante disse que, no momento, a Anfavea "não assume e não atesta" o aumento da adição de etanol de 25% para 27,5%. "Esta é a única razão pela qual o governo não aumentou ainda para 27,5% porque precisa ter o aval do fabricante do veículo, para dar segurança ao consumidor que esta mistura não trará nenhum dano às peças, ao desempenho do veículo e à durabilidade do motor, além do impacto ao meio ambiente, de emissões." Os fabricantes de veículos, no entanto, "concordaram que vão reconhecer o estudo", segundo o ministro, para verificar qual é a mudança possível e se é factível chegar aos 27,5%, como o governo quer. Por isso, salientou, "todos vão acompanhar o estudo passo a passo e vão atestar o que dá pra fazer". Mercadante insistiu que o compromisso de que todos reconhecerão o resultado da pesquisa é fundamental porque vai dar segurança ao governo de que não haverá problemas com o motor dos automóveis e motos. "Tendo essa segurança, o governo fará a mudança para 27,5%", avisou. Encontro O ministro da Casa Civil lembrou que na semana passada houve uma reunião com representantes do setor sucroalcooleiro, da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e dos ministérios de Minas e Energia (MME) e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Nesse encontro a Anfavea observou que antes de alterar a mistura era indispensável haver a segurança que somente a conclusão do estudo técnico poderia oferecer. Na ocasião, entretanto, a presidente da União da Indústria da Cana de Açúcar (Única), Elizabeth Farina, disse ter saído com uma "impressão firme de que medidas serão tomadas em benefício do setor". De acordo com Mercadante, hoje seria concluído o plano de ação do estudo, definindo, por exemplo, as peças dos veículos que serão monitoradas, para verificar o impacto do aumento da mistura de álcool na gasolina nos motores. Daí, em seguida, o estudo para avaliação do impacto do aumento da mistura de álcool na gasolina de 25% para 27,5% será realizado, com total acompanhamento dos interessados no assunto, que participaram do encontro na Casa Civil, na semana passada. A conclusão do estudo deve ser conhecida somente em agosto. Margem Caso o estudo sobre a mudança de adição de álcool à gasolina seja aprovado, o governo promoverá alteração da legislação. Isso porque atualmente a regra em vigor permite 25% de adição, com margem de um ponto porcentual para cima ou para baixo, justificou o ministro. Na prática, portanto, o teto atualmente em vigor é de 26%. Mercadante assegurou que não haverá dificuldade no caso da necessidade de mudar a legislação. O ministro também reforçou que quer usar o dinheiro do Inovar Auto, a política industrial de estímulo voltada para as montadoras, para que sejam realizadas outras pesquisas que levem ao aumento da eficiência energética dos carros flex. "É preciso aumentar a eficiência do motor do carro a álcool, é preciso aumentar a eficiência energética do etanol", disse ele, citando que hoje "tem uma diferença de 30% da eficiência" do álcool comparado à gasolina. Depois de citar que 65% da frota de carros do País é flex, o ministro da Casa Civil ressaltou que se houver aumento da eficiência do motor a etanol, será possível melhorar a competitividade sistêmica do etanol de forma permanente.
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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

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  • sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

    Conheça as 10 melhores ilhas do mundo


    Cinco das 10 melhores ilhas da América do Sul estão no Brasil. Elas estão entre os vencedores do Travelers’ Choice 2014, do TriAdvisor. O paraíso tropical de Fernando de Noronha ficou em segundo lugar na avaliação dos viajantes. (Veja lista completa).

    Em seu segundo ano, o prêmio anual reconhece mais de 100 ilhas em todo o mundo, incluindo as listas das 10 melhores ilhas da África, Ásia, Caribe, Europa, América do Sul, Pacífico Sul e EUA. A Ilha de Páscoa, no Chile, ficou em nono lugar entre as melhores do mundo e em primeiro na América do Sul.  

    A melhor ilha do mundo é “Ambergris Caye”, de Belize. As vencedoras do Travelers’ Choice são determinadas com base na qualidade e na quantidade de avaliações, dos últimos 12 meses, de hotéis, restaurantes e atrações listados em cada ilha no site do TripAdvisor.

    “Há algum receio ao escolher uma ilha para passar as férias, e essas ilhas vencedoras na Escolha dos Viajantes os ajudarão a encontrar sua próxima viagem,” afirmou Barbara Messing, diretora de marketing do TripAdvisor.

    “Desde os recifes de corais de Ambergris Caye até as praias de Ko Tao, essas ilhas vencedoras foram muito bem avaliadas por viajantes de todo o mundo”.


    10 Melhores Ilhas do Mundo:

    1. Ambergris Caye, Belize
    2. Providenciales,  Turcos e Caicos 
    3. Bora Bora, Polinésia Francesa
    4. Marco Island, Estados Unidos
    5. Lewis and Harris, Escócia
    6. Naxos, Grécia
    7. Aitutaki, Ilhas Cook
    8. Nosy Be, Madagascar
    9. Easter Island, Chile
    10. Ko Tao, Tailândia

    10 Melhores Ilhas da América do Sul:

    1.    Ilha de Páscoa, Chile
    2.    Fernando de Noronha, Pernambuco, Brasil
    3.    Ilha de Tinharé, Bahia, Brasil
    4.    Ilha de Boipeba, Bahia, Brasil
    5.    Ilhabela, São Paulo, Brasil
    6.    Santa Cruz, Equador
    7.    Ilha Grande, Rio de Janeiro, Brasil
    8.    Ilha de Chiloe, Chile
    9.    Isabela, Equador
    10.  Ilha de Providência, Colômbia


    quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

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    segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

    Dilma vincula estratégia econômica à reeleição (Josias de Souza)

      
     

    Marcello Casal/ABr
    O governo não espera um ano brilhante na economia. Traçou objetivos modestos. Na expressão de um auxiliar de Dilma Rousseff, o essencial para ela é “evitar sobressaltos”. Os dez mandamentos da felicidade econômica do governo em 2014 começam com não —não permitir que a inflação estoure, não exagerar na dose de juros, não descuidar dos gastos, não crescer menos do que no ano passado, não dar motivos para a perda do grau de investimento, não deixar que o Brasil seja confundido com emergentes em crise, não atrapalhar os investidores, não aceitar que o Congresso crie novas despesas, não fornecer munição à oposição e não comprometer a reeleição.
    Nos próximos dias, Dilma adotará providências para tentar demonstrar que não brincava quando tocou trombone em Davos: “Meu governo definirá em breve a meta fiscal para o ano, consistente com a meta de redução da dívida pública.” A data-limite para que a tesoura mostre do que é capaz é 20 de fevereiro. Mas já nesta segunda-feira (3), na mensagem que enviará ao Congresso, a presidente reafirmará seu compromisso com o rigor fiscal.
    Dilma não foi tão rigorosa em 2013. Prometera economizar 2,3% do PIB. Mas entregou um superávit de 1,9%. Sabe que agora, para soar crível, não basta dizer que fará. Será necessário demonstrar como a meta será atingida. Sob pena de não ser tomada a sério a suposta decisão do governo de ajustar a dosagem dos juros,  elevando a contribuição das contas públicas no esforço para deter a inflação.
    O governo não tem a pretensão de trazer o índice de inflação para o centro da meta oficial, que é de 4,5%. Trabalha para chegar ao final do ano mais perto dos 5% do que dos 6%. Acha que o essencial é exibir índices declinantes, sinalizando para a normalização futura. São modestas também as ambições quanto ao crescimento da economia. Qualquer coisa na vizinhança dos 2% do PIB será motivo de festejos.
    Imagina-se que, com um PIB na casa dos 2%, uma inflação no cabresto e um torniquete nos gastos, Dilma estará, por assim dizer, blindada contra os ataques econômicos que lhe serão dirigidos pelos rivais Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). De resto, avalia-se que as críticas da oposição tenderiam a cair no vazio quando confrontadas com o desemprego irrisório —4,3% em dezembro, 5,4% na média de 2013. O governo não exclui de suas projeções a hipótese de deterioração desse quadro até o final do ano. Nada capaz de produzir reviravoltas eleitorais.
    Nesse cenário em que 2014 é apresentado como uma rua ladrilhada para Dilma, programas como o Mais Médicos e o Minha Casa, Minha Vida entram como pedrinhas de brilhante para a reeleição passar. Só falta combinar com os russos.

    quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

    Dólar deixa instável economia e emergentes cogitam nova moeda

    28/1/2014 13:14
    Por Redação, com agências internacionais - de Washington


    O yuan vale cerca de 1/5 do dólar
    O yuan vale cerca de 1/5 do dólar
    O desordenamento que a flutuação da moeda norte-americana vem causando nos países emergentes como a Argentina e, em menor proporção, o Brasil, reforçou a tese de que os países que não integram a América do Norte e a União Europeia devem adotar uma nova moeda, capaz de fazer frente ao poderio do dólar e das grandes economias mundiais. A tese, exposta em um artigo publicado na agência chinesa de notícias Xinhua, com a assinatura do Partido Comunista Chinês (PCCh), já alertava no ano passado para a necessidade da adoção de moeda alternativa ao dólar nas reservas internacionais, a fim de reduzir os riscos criados pelas “turbulências” norte-americanas.
    O artigo, em uma de suas críticas mais duras aos EUA, afirma que o risco de calote norte-americano reforça a
    necessidade de “desamericanizar” o mundo. A China, que é o maior credor da dívida externa dos Estados Unidos, não poupa críticas à política externa do governo de Barack Obama.
    “Em vez de honrar seus compromissos como um líder responsável, uma Washington autocentrada abusou do status de superpotência e introduziu mais caos no mundo, transferindo riscos financeiros ao exterior, instigando tensões regionais em meio a disputas territoriais e travando guerras sob o pretexto de mentiras”, aponta o texto.
    A razão do artigo publicado em outubro de 2013 ficou evidente, nesta terça-feira, nos distúrbios financeiros deflagrados em Buenos Aires. E os países emergentes, que nos tempos da crise financeira global se tornaram a esperança do mundo ocidental, enfrentam momentos difíceis, com fuga de dinheiro de investidores e consequente desvalorização de suas moedas. Não muito tempo atrás, quando os bancos centrais dos países ricos reduziram suas taxas de juros para quase zero, o fluxo era o contrário: os emergentes foram inundados com capital de investimento vindo das nações ricas, atraído pelas altas taxas de crescimento e juros comparativamente altos.
    No entanto, desde que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA, passou a testar o abandono dessa política monetária ultraexpansionista, investidores privados e institucionais retiram quantias bilionárias dos países emergentes, na esperança de conseguir novamente retornos mais elevados em seus países de origem – e com menos riscos.
    – O desenvolvimento atual explica por que os ministros das Finanças dos países emergentes disseram anteriormente: ‘nós não queremos esta grande liquidez’. Porque, embora este capital de investimento leve inicialmente a um desenvolvimento econômico positivo, leva também a um superaquecimento. E, assim, o arrefecimento já está quase pré-programado – diz Günter Beck, professor de macroeconomia europeia na Universidade de Siegen.
    Economia desordenada
    De fato, ambos os movimentos de capitais – entrada na crise, saída após a crise – não foram particularmente benéficos para os países emergentes. A forte entrada de capital na época da crise financeira levou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a falar de uma “guerra cambial”. Segundo Mantega, com juros próximos do zero, a política monetária do Fed inundou o Brasil com capital especulativo, levando os juros locais às alturas e desvalorizando o real, provocando a ameaça de uma perigosa bolha inflacionária e pondo, ao fim, toda a economia em desordem.
    Qualquer ministro das Finanças ou da Economia tenta atrair capital e investimentos estrangeiros para seu país. Mas tudo depende da dose. O que, em tempos normais, conduz ao crescimento e à criação de postos de trabalho pode se tornar um problema se um país registrar uma grande entrada de dinheiro em curto intervalo de tempo, de forma que ela não pode ser devidamente absorvida.
    – Muito em muito pouco tempo: isso significa alocações inadequadas desse capital, ou seja, um superaquecimento e possíveis crises – explica Beck.
    Moedas sob pressão
    Mas da mesma forma que as moedas de países emergentes sofreram, na época da enxurrada de dinheiro, uma enorme valorização, elas se encontram hoje em queda livre – devido à grande fuga de capitais em tão pouco tempo. Assim, o Banco Central da Argentina já desistiu da compra de divisas para apoiar o câmbio, o que fez com que a cotação do peso reagisse com uma queda de 20% na semana passada. A pressão é particularmente forte sobre as moedas de países que são especialmente dependentes do capital estrangeiro – como a Turquia. Mas também o rublo russo, o rand sul-africano, o real brasileiro ou o peso mexicano perderam maciçamente valor – e registram as menores cotações dos últimos anos.
    A fuga de capitais estrangeiros começou em maio do ano passado, quando o então presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, cogitou perante o Congresso a possibilidade de um tapering, a desistência gradual da política monetária ultraexpansionista de juros quase zerados.
    – É sempre muito, muito difícil extrair essa política. Creio que também não é aconselhável fazê-lo numa situação de crise. A meu ver, no entanto, isso é fundamental para a estabilidade a longo prazo – avalia Beck. Os especialistas concordam que praticar uma política de dinheiro barato por muito tempo pode provocar novas bolhas de preços e ativos.
    Teoria na prática
    Mas agora também se pode ver que abandonar essa política não é assim tão fácil. “O sofrimento é quase inevitável”, diz Beck. Segundo ele, a política do dinheiro barato teve efeitos bastante positivos. Uma inversão dessa política implica também uma inversão dos efeitos.
    – Os políticos devem levar em consideração que essa mudança provoca efeitos reais negativos – alerta.
    Segundo o professor da Universidade de Siegen, a longo prazo, sempre haverá objetivos conflitantes quando um Banco Central não estiver comprometido somente com a meta da estabilidade monetária, mas também com o crescimento e a criação de empregos, como é o caso do Fed americano. Ao menos na teoria, o Banco Central Europeu (BCE) se encontra numa situação mais confortável. Pois, no papel, ele só precisa se preocupar com a estabilidade do euro e nada mais.
    – A política do Banco Central deveria ser configurada de maneira a não sentir nenhuma obrigação frente à economia real, ou seja, que ela não tenha o controle sobre o ajuste da economia real como objetivo – diz Beck.
    Mas, em tempos de crise, uma coisa é a teoria, outra é a prática. Indagado se ele teria reagido diferentemente de Ben Bernanke ou do presidente do BCE, Mario Draghi, o professor de macroeconomia europeia respondeu:
    – Provavelmente não.