sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Petrobras anuncia reajuste de preço da gasolina e do diesel nas refinarias

Reajuste será de 4% para a gasolina A e de 8% para o diesel.
Novos preços passam a vigorar a partir da 0h deste sábado.

Do G1, em São Paulo
 

A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (29) que os preços da gasolina e do diesel serão reajustados a partir deste sábado (30) nas refinarias. O reajuste será de 4% para a gasolina e de 8% para o diesel, atendendo aos princípios de uma nova política de preços a ser implementada pela empresa.
O último reajuste feito pela estatal ocorreu em março deste ano, quando o diesel subiu, em média, 5% nas refinarias. Em janeiro, a Petrobras reajustou o diesel em 5,4% e a gasolina, em 6,6%.
Expectativa é que os postos elevem os preços até o fim da semana que vem, à medida que recebam combustível com preço reajustado
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os novos preços passam a vigorar a partir da 0h deste sábado.
"Os preços da gasolina e do diesel, sobre os quais incide o reajuste anunciado, não incluem os tributos federais Cide e PIS/Cofins e o tributo estadual ICMS", informou a Petrobras. O reajuste de 4% é na gasolina A. Ou seja, no combustível que é distribuído pela estatal, antes da adição de etanol (atualmente em percentual de 25%).
Como a Cide já está zerada, o novo reajuste nas refinarias tenderá a ser necessariamente repassado para os preços ao consumidor.
Reflexo para o consumidor
Na bomba, o repasse deve ficar muito próximo do anunciado pela Petrobras tanto para a gasolina quando para o diesel, segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), João Alberto Gouveia. A expectativa, segundo ele, é que todos os postos elevem os preços até o fim da semana que vem, à medida que recebam combustível com o preço reajustado.
O diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, estima que nas bombas dos postos o preço da gasolina irá subir cerca de 3% e o do diesel por volta de 5%.
Para economistas ouvidos pelo G1, o reajuste deverá refletir também em outros setores, sobretudo os que dependem de transporte, como alimentos.
Nova política de preços
A Petrobras informou também que o conselho de administração da estatal aprovou nesta sexta a implementação de uma nova política de preços, mas "por razões comerciais, os parâmetros da metodologia de precificação serão estritamente internos à companhia".
A companhia não deixou claro se a proposta de reajustes de preços automáticos foi descartada. A Petrobras disse que não vai revelar os parâmetros da nova metodologia de preços. No fato relevante, a Petrobras informa que esses parâmetros ficarão ''restritos à companhia".
"Caberá ao Conselho de Administração avaliar a eficácia da política de preços da Petrobras por meio da evolução dos indicadores de endividamento e alavancagem da Companhia", diz o comunicado.
Em outubro, a Petrobras apresentou uma nova metodologia de reajuste, de forma a trazer maior previsibilidade do alinhamento dos preços domésticos do diesel e da gasolina aos preços praticados no mercado internacional. A proposta, no entanto, encontrou resistência por parte do governo.
A metodologia contemplaria reajuste automático do preço do diesel e da gasolina em periodicidade a ser definida antes de sua implantação, baseado em variáveis como o preço de referência desses derivados no mercado internacional, taxa de câmbio e ponderação associada à origem do derivado vendido, se refinado no Brasil ou importado.
A Petrobras informou nesta sexta que a política de preços será aplicada de forma a assegurar que os indicadores de endividamento e alavancagem da companhia retornem aos limites estabelecidos no Plano de Negócios e Gestão 2013-2017. Segundo o fato relevante, o objetivo é "alcançar, em prazo compatível, a convergência dos preços no Brasil com as referências internacionais" e "não repassar a volatilidade dos preços internacionais ao consumidor doméstico".
Medida para reduzir prejuízo da estatal
O novo reajuste era defendido há meses pela diretoria da estatal diante do descolamento entre os preços cobrados dos motoristas brasileiros e o quanto a empresa paga para importar o combustível.
No Brasil, o preço da gasolina varia de capital para capital - o que depende de fatores como a distância da refinaria, a concorrência entre os postos etc. Atualmente, o governo controla, na prática, os reajustes de combustíveis da estatal com base, principalmente, em questões relacionadas à inflação. Isso porque o aumento dos preços do combustível impacta na inflação que, neste ano, chegou a ficar acima do teto de 6,5% da meta do governo - em junho, o IPCA em 12 meses ficou em 6,7%.
A alta dos combustíveis, no entanto, já era aguardada pelo mercado e por acionistas da Petrobras como uma medida para diminuir o prejuízo da companhia com a alta do preço do petróleo no mercado internacional e com a valorização do dólar. No terceiro trimestre, o lucro da Petrobras caiu 45% sobre o trimestre anterior, para R$ 3,395 bilhões. A queda foi de 39% em relação ao mesmo período do ano passado.
Nesta sexta-feira, as ações da Petrobras avançaram mais de 2%. Mas, no mês, o papel preferencial da companhia caiu 6,4%.
A diferença entre os preços do mercado interno e externo chegou a quase zero em abril. Com a alta do dólar, contudo, bateu os R$ 0,42 centavos por litro em agosto. Hoje, está em torno de R$ 0,13% por litro, de acordo com informações do Bom Dia Brasil.

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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Ação da Petrobras dispara 10%
com nova proposta para preço
de combustíveis

29/10/2013 - 04h33    


UOL
 As ações da Petrobras dispararam nesta segunda-feira (28), depois que a diretoria debateu uma nova metodologia para reajuste de preços de combustíveis, como forma de tentar compensar as perdas da empresa com importações de petróleo.
 A ação ordinária (PETR3), que dá direito a voto, fechou em alta de 9,83%, a R$ 19; a ação preferencial (PETR4), que dá prioridade na distribuição de dividendos, subiu 7,57%, a R$ 19,89. As ações puxaram a alta de 1,7% da Bovespa nesta segunda.
 Os investidores esperam que este novo sistema anunciado pela empresa ajude a diminuir a diferença entre os preços da gasolina e do diesel praticados no Brasil e no exterior. Esta perspectiva acabou compensando o fraco resultado trimestral da companhia, que ficou abaixo da previsão de analistas.
 "Apesar do resultado abaixo das previsões, a nova metodologia é um gatilho positivo. E, com isso, está ocorrendo uma cobertura de posições vendidas de players do mercado que se posicionaram para a queda dos ativos em função de um eventual resultado fraco", afirmou o estrategista Luis Gustavo Pereira, da Futura Corretora.
 Nova metodologia
 O diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa, afirmou que a mudança vai incluir ajustes automáticos e ajudará a reduzir o endividamento da companhia. "O que estamos prevendo é que a nova política contemple a nossa previsibilidade e permita a implantação do plano de negócios que temos", afirmou Barbassa.
 A metodologia está sob análise do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e demais membros do conselho da estatal, e deverá ser aprovada ou rejeitada até o dia 22 de novembro, quando está prevista a próxima reunião dos conselheiros.
 Desta nova metodologia dependerão os robustos investimentos da Petrobras ao longo dos próximos anos, sinalizou nesta segunda-feira o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa, ao afirmar que a política solicitada ao governo (sócio controlador da Petrobras) permitirá a implementação do plano de negócios da estatal.
 A atual política de preços da Petrobras, com reajustes esporádicos que não acompanham valores internacionais no curto prazo e provocam defasagem, está afetando a companhia num momento em que a empresa vem importando derivados para fazer frente ao crescimento do consumo brasileiro, principalmente por diesel.
 Na semana passada, após o leilão do pré-sal, a presidente da Petrobras, Graça Foster, disse que a estatal tem recursos em caixa para pagar a sua parte no bônus de assinatura da reserva de Libra sem a necessidade de reajuste de combustíveis e sem aporte do Tesouro.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Leilão do pré-sal era urgente para o país, apontam especialistas

Processo favorece condições econômicas e sociais dos brasileiros

 
A primeira licitação do pré-sal, que ofereceu o bloco de Libra na tarde desta segunda-feira (21/10), gerou polêmica sobre a eficiência do modelo adotado pelo governo brasileiro. No entanto, para economistas, o processo é de extrema importância para o país e ainda reflete a urgência da exploração do petróleo, levando em conta que esta fonte de energia pode não ser tão interessante nas próximas décadas. A entrada do país no hall de grandes exportadores e exploradores de petróleo é essencial para o desenvolvimento, apontam, com benefícios em diferentes esferas, como saúde e educação, e ainda incentivo a maiores investimentos em inovação e tecnologia.
>>Contrato de Libra será assinado em um mês
Como ressalta o economista Heron do Carmo, professor da Universidade de São Paulo (USP), a realidade brasileira é diferente da de outros grandes exploradores de petróleo, que não melhoraram a condição de vida da população apesar da grande oferta de petróleo. O fato do Brasil ter uma estrutura econômica mais bem estruturada, diz ele, permite que o país resolva deficiências históricas com a exploração do pré-sal. Para ele, o processo deve favorecer o desenvolvimento tecnológico do país, entre outras mudanças, como redução da carga tributária.
"Primeiro, foi boa sorte nós termos achado petróleo no pré-sal, assim como ocorreu com a Bacia de Campos nos anos 1970. Ficou comum dizer que o Brasil não tinha para onde crescer porque faltava um recurso natural essencial, que era petróleo. No calor do momento, muitos discutem a melhor forma de explorar essa riqueza, há especialistas que defendem a concessão, outros a partilha, ainda teve a questão da participação das chinesas e se seria melhor se a Petrobras explorasse sozinha. Mas o importante é explorar o recurso. Há a possibilidade de acontecer com o petróleo o mesmo que aconteceu com o carvão. Se não explorarmos agora, isso pode restringir nossa possibilidade de crescimento econômico a médio e curto prazo", declarou Heron.
O economista Luiz Eduardo Pestana de Aguiar, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), reforça que o leilão é de grande importância para a economia brasileira, que o modelo de concessão é eficiente e que a Petrobras não teria condições de fazer esse tipo de investimento sozinha. Diz, no entanto, que é importante uma atenção especial ao processo, já que se um acidente vier a acontecer os prejuízos ficariam com os brasileiros. "[A exploração do campo de Libra] é um processo importante, exige cuidado e atenção", declarou.
Para Heron, é necessário acabar com a restrição atual, já que o que produzimos "mal dá" para o consumo interno. A produção do pré-sal será suficiente para atender ao mercado interno e o externo, o que permite aliviar, ele explica, uma das restrições históricas do Brasil. "Os fundos do petróleo serão destinados à educação e à saúde. Com maior crescimento da economia brasileira, aumenta a arrecadação do setor público, o que pode favorecer até uma redução da carga tributária ou mudança para uma mais eficiente, sem que haja redução do volume de recursos à disposição do setor público, que é educação, saúde, segurança pública, saneamento, mobilidade urbana. A exploração do pré-sal pode contribuir para promoção do desenvolvimento econômico e social".
A diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Magda Chambriard, afirmou que a licitação é uma excelente oportunidade de aceleração do desenvolvimento industrial e do crescimento dos níveis de emprego e renda no país. “Serão aplicados 75% dos royalties do pré-sal na Educação e 25% na Saúde. E estimamos que apenas Libra seja capaz de gerar cerca de R$ 300 bilhões em royalties ao longo de 30 anos de produção”, frisou. 
Pedro Rossi, professor de economia na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), ressalta o caráter de agilidade que o leilão confere à exploração do pré-sal, no curto e médio prazo, e a impossibilidade da Petrobras realizar a exploração por si. "Gostaria que isso fosse possível [que a Petrobras tivesse condições de explorar o pré-sal sozinha]. Esta é uma empreitada muito grande. O leilão é uma alternativa pragmática, diante da impossibilidade das empresas estatais e do estado de financiar grandes projetos. A curto e médio prazo, o leilão é a saída viável. Futuramente, pode ser que o país já esteja equipado com instrumentos de financiamento e burocracia para realizar a exploração de outros campos sozinho".
Carlos Frederico Leão Rocha, diretor do Instituto de Economia da UFRJ, apesar de não concordar com o modelo de exploração - ele preferia que o modelo antigo fosse utilizado -, reforça a importância de Brasil se tornar um grande exportador de petróleo. "Algumas pessoas vão dizer que o Brasil deveria se voltar para a produção interna e não para exportação. Eu acredito que nós devemos virar um país exportador, além disso, nós não sabemos qual será o valor do petróleo daqui a 50 anos. Virar exportador de petróleo pode ser importante para a balança de pagamentos daqui a alguns anos".
Antonio Carlos Macedo, professor da Unicamp, por sua vez, levanta a "considerável incerteza" com relação ao potencial do campo de Libra. "Torço, evidentemente, para que suas dimensões correspondam às expectativas mais otimistas. Maior o campo, porém, maiores os riscos da chamada 'doença holandesa' e maior, portanto, a necessidade de políticas adequadas para evitar que as exportações futuras de petróleo comprometam - por meio da valorização da taxa de câmbio - a diversificação do nosso tecido produtivo. O desenvolvimento econômico, em larga medida, depende dessa diversificação; um país das dimensões do Brasil não alcançará o desenvolvimento com uma estrutura produtiva especializada em commodities agrícolas e minerais", atesta. 

Tags: Leilão, Libra, Petrobras, Petróleo, pré-sal
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quinta-feira, 4 de abril de 2013


Ele é o cara
          O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame é nome forte para vice na chapa de Luiz Fernando Pezão (PMDB) ao governo. A despeito de sua ligação com o governador Sérgio Cabral, Beltrame também está nos planos do PSB, que o quer filiado ao partido, para habilitá-lo a ser o candidato a vice-presidente em eventual chapa liderada pelo governador Eduardo Campos (PSB-PE).

Procuram-se tocadores de obras
A contratação de engenheiros portugueses e espanhóis, para tocar obras no Brasil, foi um dos temas do encontro, na última quinta-feira (28 de março), entre o ex-primeiro-ministro da Espanha Felipe Gonzales e a presidente Dilma. O espanhol relatou que estavam sobrando engenheiros na Península Ibérica devido a crise internacional. Com o apoio de prefeitos, governadores e empreiteiras brasileiras, a presidente Dilma deve abrir o setor para contratos temporários, de dois ou três anos, para suprir as necessidades. Um ministro argumentou: “Há uma brutal carência. A despeito das estatísticas, o Brasil está crescendo. Não queremos importar mão de obra à toa”.

Dulci, oito anos de governo couberam nesse livro?

Luiz Inácio Lula da Silva
Ex-presidente da República, reagindo ao fato, segundo relato do ex-ministro Luiz Dulci, de que seu livro, "Um salto para o futuro: Como o governo Lula colocou o Brasil na rota do desenvolvimento", teve o texto enxugado para 128 páginas

Líder ‘Hi-Tech’
Para dar maior agilidade à ação política da bancada do PSDB na Câmara e viabilizar a rápida unificação de posições, o novo líder, Carlos Sampaio (SP), criou um chat de mensagens por celular com acesso para todos os deputados. Por ali, pedem reforço no plenário e nas comissões, unificam posições, trocam projetos e marcam reuniões.

Bem me quer, mal me quer...
O presidente do Fluminense, Peter Siemsen, ligou ontem para o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e comunicou: Se o Botafogo tirar o time de campo, o Fluminense tem interesse em assumir a administração do Estádio do Engenhão.

Na mesma sintonia
O governador Eduardo Campos (PSB-PE) sugeriu à presidente Dilma que desonere as companhias estaduais de saneamento do PIS e Confins como forma de baratear o custo da água. Os tucanos lembram que ao assumir o Senado, em 2010, Aécio Neves (PSDB-MG) apresentou PEC fazendo exatamente isso: tirando os impostos federais do preço da água. O projeto foi bloqueado pelo PT.

Sonho de consumo
Tucanos e socialistas relatam que o governador Geraldo Alckmin (SP) gostaria do apoio de dois candidatos ao Planalto: Aécio Neves e Eduardo Campos. O seu vice seria Márcio França (PSB) e o nome ao Senado, Bruno Covas (PSDB).

O PTB quer o cargo
Com a posse de Cesar Borges no Ministério dos Transportes, o comando do Banco do Brasil não quer que vá para as mãos do PTB a vice de Governo. Prefere que a função seja acumulada pelo vice de Agronegócios, Osmar Dias, do PDT.

Prestando contas
O Ministério da Educação explica que o ministro Aloizio Mercadante esteve no ato de assinatura de acordo de revalidação recíproca de diplomas de engenharia entre Brasil e Portugal. Mas que quem assinou o acordo pelo Brasil foi a Andifes.

DA CASA. No Planalto, o líder do PR na Câmara, Anthony Garotinho (RJ), é tratado pelo apelido dos tempos de militância no PDT: ‘Bolinha’.