terça-feira, 11 de novembro de 2008

Produção da Petrobras ficará em 1,9 milhão de barris diários em 2008

RIO - A entrada em operação das plataformas P-51 e FPSO Cidade de Niterói apenas em janeiro contribuiu para que a estimativa de produção de petróleo e gás da Petrobras ficasse abaixo dos 2 milhões de barris de óleo equivalente por dia, na média para 2008. De acordo com o diretor de Finanças e Relações com Investidores da estatal, Almir Barbassa, a expectativa, que já havia sido reduzida para 1,95 milhão de barris por dia, deverá fechar o ano entre 1,89 milhão e 1,9 milhão de barris por dia.

Barbassa também revelou que o aumento da importação de derivados nos nove primeiros meses do ano contribuiu para que o saldo da balança comercial da empresa ficasse negativo em US$ 1,8 bilhão entre janeiro e setembro. Em igual período do ano anterior, o saldo havia ficado positivo em US$ 100 milhões.

Nos nove primeiros meses do ano, a importação de derivados atingiu 222 mil barris por dia, 45% acima dos 153 mil barris diários entre janeiro e setembro de 2007. No terceiro trimestre, essa importação foi de 270 mil barris diários, 34% acima dos 201 mil barris diários do terceiro trimestre do ano passado. Já a importação de petróleo foi de 405 mil barris diários nos nove primeiros meses do ano, 5% acima dos 387 mil barris diários de igual período do ano passado. No terceiro trimestre foram importados em média 423 mil barris por dia, 3% acima dos 412 mil barris por dia no terceiro trimestre do ano passado.

Sobre o pré-sal, o executivo ressaltou que o cronograma de exploração da área sob concessão da empresa não deverá ser afetado pela crise internacional, até porque os horizontes para os projetos em campos como Tupi são de longo prazo. Segundo ele, a tendência é de que a crise seja resolvida antes do início da produção de óleo e gás no pré-sal.

"Não diria que o pré-sal será postergado, porque ele já vai acontecer muito depois (da crise). Não vamos alterar em nada o cronograma", disse o diretor. Barbassa estima que o preço do petróleo vai ficar entre US$ 60 e US$ 80 no curto prazo e frisou que a tendência é de que os preços dos projetos recuem devido à desaceleração da economia mundial. "A renegociação de preços vai virar uma coisa do dia-a-dia", frisou Barbassa.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Gasolina vai subir 10%, mas governo diz que impacto não chega à bomba

30/04/2008 - 18h05
Da Redação
Em São Paulo
A Petrobras anunciou que vai aumentar a partir da zero hora desta sexta-feira (2) o preço da gasolina em 10% nas refinarias. O reajuste para o óleo diesel vai ser maior, de 15%.

O governo disse que vai reduzir a Cide, contribuição embutida no preço dos combustíveis, para que o reajuste não seja sentido no bolso do consumidor. De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, com essa compensação, o aumento dos combustíveis nas refinarias "não deve causar impacto no preço final".

Reajuste não será sentido, diz Mantega
De acordo com a estatal, o reajuste foi definido levando em consideração o novo patamar de preços do petróleo no mercado internacional -que atualmente oscila bem acima de US$ 100 por barril- em uma perspectiva de médio e longo prazos. Segundo o comunicado a mercado divulgado pela Petrobras, o reajuste "está em linha com as premissas definidas no Plano Estratégico da Petrobras de manter parametrizados os preços dos derivados ao mercado internacional".

A empresa defendeu a alta, lembrando que os investimentos da companhia são viabilizados pela remuneração recebida pela venda de seus produtos, o "o que possibilita a descoberta de mais petróleo e gás, a construção e operação de novas unidades industriais e a condução de uma rede de transporte e logística que vem garantindo o abastecimento nacional de derivados e o retorno dos investimentos para os acionistas da companhia", diz a nota.

A Contribuição de Intervenção sobre Domínio Econômico (Cide) representa R$ 0,28 no preço do litro da gasolina. Agora, segundo Mantega, esse tributo será reduzido para R$ 0,18. No litro do diesel, a Cide cairá de R$ 0,07 para R$ 0,03.

A renúncia fiscal estimada com a redução da Cide é de R$ 2,5 bilhões a R$ 3 bilhões anuais, de acordo com o ministro. " Essa diferença depois a Petrobras devolverá na forma de lucros e dividendos " , acrescentou.

Para Mantega, o impacto final sobre a inflação deverá ser de 0,015 ponto percentual.

(Com informações do Valor Online)
UOL