segunda-feira, 25 de abril de 2011

Etanol fica, em média, 11,7% mais caro em março, mostra Fecomercio (Postado por Erick Oliveira)

Os combustíveis puxaram a inflação na capital paulista em março, conforme aponta o Índice de Preços no Varejo (IPV), medido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio). O indicador subiu 0,38% sobre fevereiro. Desse total, 0,26 ponto porcentual (68,42% do índice) se deve ao aumento nos preços no segmento de combustíveis e lubrificantes. O levantamento foi divulgado nesta segunda-feira (25).
Em março, o setor de combustíveis teve alta de 2,96%, sendo que a elevação do preço do etanol foi a que mais pesou no resultado. O álcool combustível ficou, em média, 11,7% mais caro do que em fevereiro. De acordo com a Fecomercio, ao contrário do que se esperava, o impulso registrado no preço do etanol não pode ser contido com a antecipação da safra de cana-de-açúcar, pois o excesso de chuvas impediu o início do processo de moagem.
O álcool anidro também ficou mais caro no mês passado, pressionando o preço da gasolina, que subiu 1,95% na comparação com fevereiro. O anidro é misturado numa proporção de 25% à gasolina. Segundo a Fecomercio, a crescente demanda deve fazer com que o Brasil tenha de importar gasolina.
VarejoOutro setor que contribuiu para a elevação do IPV em março foi o de supermercados. Os preços dos produtos deste segmento, que haviam registrado queda de 0,39% em fevereiro, tiveram alta de 0,1% no mês passado. Por outro lado, o preço das carnes compradas em açougues recuou, em média, 0,63% em março. Na avaliação da Fecomercio, a queda no preço das carnes se deve à redução da demanda no mercado externo que, além da pressão sobre o preço, possibilitou um aumento na oferta para o mercado interno.
Para os próximos meses, a Fecomercio destaca que os preços do setor de vestuários devem subir, com a chegada das coleções de outono-inverno. Os medicamentos também devem ficar mais caros, já que 31 de março foi a data-base para o reajuste no setor. O IPV acumulou alta de 0,81% no primeiro trimestre de 2011 e de 4,54% nos últimos 12 meses.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Abastecer com gasolina é vantajoso em todo o Brasil (Postado por Erick Oliveira)

Abastecer com etanol continua sendo desvantajoso em relação à gasolina em todos os estados do Brasil, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), compilados pela Agência Estado. O levantamento vale para a semana terminada no último sábado (16). Nos 26 estados e no Distrito Federal, a gasolina está mais competitiva para os motoristas.
O preço médio da gasolina no estado de São Paulo está em R$ 2,69 por litro, o que torna o etanol hidratado competitivo na região até R$ 1,88. Na média da ANP, o preço em São Paulo ficou em R$ 2,187 por litro, 16,10% acima do ponto de equilíbrio. Na semana, os preços do etanol caíram 0,81% nos postos paulistas.
A vantagem do etanol é calculada considerando que o poder calorífico do motor a álcool é de 70% do poder nos motores à gasolina. No cálculo, são utilizados valores médios coletados em postos de todos os estados e do Distrito Federal. Quando a relação aponta um valor entre 70% e 70,5%, é considerada indiferente a utilização de etanol ou de gasolina no tanque de combustível.
Segundo o levantamento, em São Paulo, o preço do etanol está em 81,27% do preço da gasolina (até 70% o etanol é competitivo). Em Goiás, a relação é de 80,63% e em Mato Grosso, de 75,08%. A gasolina está mais vantajosa principalmente no Rio Grande do Sul (onde o preço do etanol é 100,03% do valor da gasolina) e em Santa Catarina (+96,88%).
Preços do etanol subiram em 21 estados
Os preços do etanol hidratado praticados nos postos brasileiros subiram em 21 estados, e caíram em apenas quatro e no Distrito Federal. No Amapá, o preço do etanol permaneceu estável. As cotações caíram em Goiás, Rio Grande do Norte, Roraima e São Paulo. A maior alta foi registrada no Ceará (5,55%), seguido da Paraíba (5,17%), Mato Grosso (4,99%) e Alagoas (4,69%). A maior queda foi verificada no Distrito Federal, de 8,95%.